Rico já interpretou Caetano Veloso no teatro, fez canções com Zeca Baleiro e estreou o podcast – Sarau do Rico- no mês de Maio de 2021
Ricardo Almeida Ayade, baiano e multiartista, como costuma se auto denominar, iniciou a sua carreira jovem, em meio a muitos desafios e muita arte. Pedro Ayade e Lilian Almeida Ayade, pais do cantor, compartilham a paixão por música, transmitida para a próxima geração e contagiando Rico, apelido que o acompanha desde a infância. Rico, é RICO de mistura baiana musical, sons contagiantes e uma voz que derrete até os que não são apaixonados.
No barzinho dos pais, acompanhado por eles no violão, o garoto, que na época tinha 3 anos de idade, adentrou ao mundo musical, mas só em 2010, após lançar um livro no Rio de Janeiro e se apresentar na estreia, aceitou que esse seria o seu caminho profissional. Antes de ser abordado pelo público que pedia por shows e discos, Ayade já escrevia poesia desde os 5 anos e havia feito trabalhos como ator.
Inspirado por cantores como Maria Bethânia, Caetano Veloso e Chico Buarque, o artista independente lançou seu primeiro álbum em 2012, chamado Distraído, mas seu primeiro show só aconteceu 3 anos depois, em São Paulo. A partir daí, foi autor de vários singles da nova MPB, fundou o Sarau do Rico, participou de curta-metragens e se jogou por completo no mundo da arte.
Mas quem o vê na vida pública não sabe que, a partir dos 6 anos de idade passou por necessidades. Levava doces para vender na escola para poder ajudar a colocar o alimento na mesa, época em que desenvolveu a veia empreendedora. Aos 12 trabalhou como controlador de estoque, aos 16 trabalhou produzindo e ensacando biscoitos e macarrão. Deu aula para idosos e passou por diversos outros trabalhos até ser assistente do gestor da universidade de administração que estudava.
Desistiu da administração e, dos 19 aos 22 entrou na Faculdade de artes cênicas da Universidade Federal da Bahia, se desdobrando entre estudar, trabalhar e participar de um curso profissionalizante para adquirir o DRT, documento que serve como registro profissional.
Participou de curta-metragens e o que ele mais se orgulha é “O Cadeado” que denuncia a educação precária brasileira de uma forma politizada. Seguindo na mesma pegada política, o cantor atuou como Caetano Veloso em “Tropicalistas”, no Rio de Janeiro, sendo assistido pelo próprio homenageado.
Cresceu com o apoio e incentivo dos pais e ainda tem um sonho: lançar um álbum em inglês. Desde o início da sua caminhada, acredita que sempre foi honesto consigo mesmo na elaboração e criação das músicas, levando o que queria compartilhar, narrando a vida como ela é vista por ele e a atual situação societária do país. Como artista independente, gosta da liberdade de poder gerir por si próprio a carreira e produzir o que tem vontade, apesar de o conhecerem como artista de MPB, já produziu música de carnaval e pretende fazer um forró.
Para 2021, o cantor que também é um ativista político nas suas músicas, esclarece: “Nós, artistas, estamos produzindo muito na pandemia. A escrita, a oração, a espiritualidade caminham lado a lado neste momento que estamos vivendo no Brasil. O que desejo é vacina no braço de cada brasileiro, músicas que retratam o momento e que nos eleve como ser humano, como brasileiros. É isso que produzo: a realidade com o aconchego, mas sempre lutando pelo o que acreditou. E o que acredito é o direito à vida para cada um de nós”, finaliza Ayade.